segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Zeloso nefasto.

Uma cama e um peso inquieto sobre ela, canalizando sucintos pensamentos.
A percepção das peças não se encaixam, elas cobrem o peso e tudo que ele tem.

Submisso à um momento mórbido.
Agora segure-se no que o prende,
Ou deixe o entrelaço desatar.

Acorrento-me a mim mesmo.
Encontro duas personalidades em um só corpo...
Exasperado por respostas.

Sinto as ondas colidindo nas minhas costas...
Mas quando devo encarar?
Uma sombra enorme me encobre...
Tarde demais, estou encharcado.

Eu não paro, enquanto não estiver afundando.


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Destino preto.

Deixe-me envolver à distancia.
Quero escrever, mas não consigo compor uma linha.
Águia discreta, talvez equivocada...
Voe águia, voe!

O ritmo das ondas sobre você, deixam-me assustado.
Nuvens escuras cobrem seu paraíso.
Mal posso enxergá-la...

Em uma estrada
Olho através da janela
Com uma música de fundo
Meus olhos lentamente se fecham.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Nada além do esboço.

Ruas interligadas, cada uma com o seu flash.
Placas sinalizadoras, pavimentação, calmaria, pessoas... Tudo leva-me a propósitos!
O esboço do trajeto ardiloso pode ser culposo, causando um tremendo receio.
Rabiscos e mais rabiscos.
Querer uma decoração perfeita nessa esfera sórdida, é possível?
Dos avessos me aflito. Aqui estou, vou e volto constantemente. Novamente é um novo começo...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Acaso feliz

Dê corda no relógio e comece a caminhar. Anoitece facilmente, amanhece facilmente. O tempo passa em uma velocidade equivalente a um sono profundo.
Se isso for uma bomba relógio, criarei um manual para desarmá-la. É...
Encarando em silêncio com a guarda baixa, sem medo de exceder...
Vamos! É inverno, e a temperatura está alta, mesmo quando o sol resolve não dar as caras.
Vamos caminhar, vamos correr, vamos prolongar.
Vamos falar, vamos gritar, vamos silenciar.
Tic tac, apenas aguente firme.
Vamos sumir, vamos voltar.
Vamos descobrir, aonde podemos pousar.
Tic tac, eu continuarei forte.
Reluzente no escuro...
É realmente assim que eu me sinto?
Tic tac, eu não irei.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Qual é o seu grande roteiro?

Um belo dia acordamos e percebemos como as coisas vão embora facilmente. As oportunidades incessantes nos encaram capciosamente.
O tempo passa, as coisas mudam, nossas lindas quimeras tornam-se desilusões. Os problemas e dificuldades aumentam simultaneamente. Na maioria das vezes nos sentimos
encuralados e ofegantes.
A consequência da liberdade é frustrante. No entanto, apesar dos pesares, nossa vivência irrevogavel contém luzes, quando menos percebemos, o unico problema são os interruptores(malditos
interruptores). Poderia existir uma maneira de retroceder antigas sensações... Ou melhor não!
Os roteiros sempre são iguais, porém com histórias diferentes. O fim é inevitável, e na maioria das vezes sabemos que ele é necessário. Entretanto, de alguma forma o "diretor" deve ter guardado algo realmente excitante...
Sua máscara de cera não tem recortes, é uma máscara lisa e escura, com o pavio curto. Custa muito acender, até parece que existe sopros.
Todos os dias uma lixeira sugadora nos acompanha, ela sempre está adiante, a rapidez que sugas tudo é inexplicável, até as coincidências levaste com ela! Como pode?
De repente a exatidão chega. Com uma folha e uma caneta, começamos reescrever nossa própria história. Um roteiro debochado e introspectivo. Sem repressão.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A: 1, 2, 3 e já!
B: Sua contagem está atrasada.
A: Meu cronômetro não diz isso.
B: Ele e você estão atrasados.
A: Impossível! Eu sou pontual.
B: O seu tempo não é magnânimo.
A: Tem algo que eu posso fazer para melhorar?
B: O que você pode fazer para melhorar?
A: Eu sei o que posso fazer.
B: Sabe mesmo?
A: Sei.
B: E por que ainda não fez, sr atrasado?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Estereótipo

Eu não estou muito certo do que sou, ou do que posso fazer a respeito. Tenho coisas, pessoas... E eu não fui completamente sincero até agora. Estou deliberado a converter algumas idiotisses. Nunca fui muito promissor... Embora admira meu compromisso. Minha maldita boca vem me colocando em apuros. Tudo que eu falo, soa um pouco contraditório. As circunstâncias estão trabalhando contra mim. Não tenho palavras prontas para me auto definir. Como de costume, estou completamente perdido. Quase tudo me intriga, isso é um saco. Minha introspecção não faz mais parte de mim. Eu sempre tento definir tudo, ou quase tudo... Irônico!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Subnutrido

Aqui estou.
Cadê você?
Por onde tem andado?
Não preciso de um cartaz...
Não preciso de você também.
Nunca desvendei direito seu olhar.
Será que teria mudado alguma coisa?
Quem é você?
Quem você achou que eu era?
Quem eu sou?
Não estou magoado...
Mesmo sendo paciente, nunca fui tranquilo.
Eu gostaria de mudar algumas coisas.
O céu está pintado com cores clichês.
23:23.
Mesmo assim...
O céu sempre se abre.
Com a minha armadura inerente,
E uma hostil espada virada para mim...
Talvez eu possa encarar, encarar.

domingo, 30 de maio de 2010

Elegante suicida.

Você conhece uma pessoa, logo fica encantado... Conta para seus amigos... No meio da conversa eles falam: "Vai com calma!", você "escuta" eles.
Começam a sair... Lentamente essa pessoa começa ocupar um espaço em seus pensamentos e coração, sem perceber você cai de cabeça. Essa pessoa começa a ter um sabor, você não consegue distinguir, simplesmente aprecia. Palavras e gestos vem e vão facilmente. Vocês estão completamente sintonizados... Finalmente começam a namorar.
Dizem que em todo relacionamento a mágica e a miséricordia andam lado a lado, mas o plano de vocês é ficarem juntos, custe o que custar.
Em um momento talvez inesperado, sai o primeiro: Eu te amo! Vocês não contentam-se só com isso... Vira um sentimento insaciável! Falam: "eu te amo", "eu te amo para sempre.", diversas vezes.
A casa do outro tornou-se sua... O cheiro dela parece que não sai do seu quarto. Os planos de sua vida, você reservou para vocês.
Com o passar do tempo, você não conta mais com um dublê...
Enquanto uma pensava na música e decorações do futuro casamento, a outra pensava em colocar um ponto final.
Uma ligação! Dizendo: "Precisamos conversar". Você sente que tem algo errado.
A palavra: "Acabou", sai da boca dela... As suas: "Por que?, O que eu fiz de errado?" Logo você pergunta isso para você mesmo.
No caminho para sua casa você quase não respira... O cheiro dela está em todos os lugares. Você se desconjunta todo. Corre atrás desesperadamente... Mas é inútil.
Nesse vai e vem... Passam-se 6, 8 meses... 1, 2 anos. O "eu te amo", não é mais para você. Pessoas para você tornam-se descartáveis, a dificuldade de acreditar em alguém é notável. Mas em um dia qualquer, você pensa: "Será que estou vivendo direito?"