segunda-feira, 28 de maio de 2012

O ultimo romance deixou-me pelo avesso; tiro-me a consciencia, os costumes, as semanas, lá se foram os meses, e um ano já passado. Não lembro mais da causa, cheguei ao ponto de achar que viveria sem embarque. Sinuoso no meu percuso, e convicto da ausência do que eu não conseguia sentir; então, na fuga da calada da noite, esbanjava meu tempo da melhor forma torta possivel, com figuras no qual não via representação maior.

Escrever aqui, permiti-me dizer, gritar e fugir para onde eu ainda não conheço.

Na ausência do romance, percebi que não há fuga; ele nos persegue no esboço de uma pintura, nos cubiculos sem moldura, numa simples exposição... vive nos desafiando a compor novamente. E o risco, que muitas vezes silenciamos, virá cego quando o sol reluzir mais forte.

domingo, 18 de março de 2012

O último romance.(Trecho)

Nas falhas dos meus romances, tentei achar o erro, o motivo de serem um esboço perdido. Quanto mais fundo cavo, mais distante da superfície eu fico; tornando uma queda sem fim. Não sinto mais que o evito, gostaria de tê-lo aqui comigo, mas venho me descobrindo inapto a viver isso com a cabeça leve.

Esse é o verdadeiro romance da minha vida; uma sensação que se dispersa cada vez mais, zelando o risco que eu não posso, não consigo expor.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Trecho.

Há tempos venho me contrariando, revendo conceitos. Atando e desatando esse embaraço da vida. Tentando achar algum tipo de conexão. Traçando percursos nos quais eu mesmo os nego. Eu estou preso por algo maior, no qual nem eu mesmo consigo exprimir.
A interpretação não é mais a mesma. Nas minhas andanças, nos lugares e corpos que passei, senti-me tão disperso daquilo tudo. É uma sensação de desconforto, onde interpreto tudo como sucintas abstrações.
Na tentativa de envolver-me, procurei expor uma autenticidade que não era minha. Isso passou a ser inerente, exato. E foi aí que comecei a perder algo, autêntico.